Estudo Arqueológico em Guaratinguetá
Pesquisa Arqueológica em Guaratinguetá (SP): Acesso Arco da Fé
No mês de maio, nossa equipe esteve na cidade de Guaratinguetá, interior de São Paulo, para realizar uma Pesquisa de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico na área onde será implantado o futuro Acesso Arco da Fé.
Esse tipo de estudo é fundamental para garantir que uma obra ou atividade de parcelamento do solo não comprometa vestígios arqueológicos, caso existentes na área, que são protegidos por nossa legislação brasileira. Vale lembrar que, de acordo com a Instrução Normativa IPHAN nº 001/2015, não são apenas as grandes obras que precisam dessa avaliação: qualquer empreendimento ou atividade passível de licenciamento ambiental pode ter interferência em bens arqueológicos e, por isso, deve passar por esse cuidado quando indicado.
Como foi feita a pesquisa?
O trabalho teve início com a análise de dados sobre o ambiente natural e o contexto histórico-cultural da região. Em seguida, partimos para as atividades de campo, realizando o reconhecimento da área por meio de varreduras sistemáticas e escavações controladas, conhecidas como poços-testes.
Foram planejadas 32 intervenções, das quais 27 (84%) foram executadas com sucesso. Cinco poços-testes (16%) não puderam ser realizados por estarem em áreas com saturação hídrica ou já construídas. Todos os poços-testes investigados apresentaram resultado negativo para vestígios arqueológicos.
E os resultados? Nenhum vestígio arqueológico foi encontrado.
Conclusão da pesquisa
Com base nas evidências reunidas em gabinete e campo, o estudo concluiu que a área apresenta baixo potencial arqueológico. Isso significa que a instalação do empreendimento não representa risco ao patrimônio arqueológico local, permitindo que o processo de licenciamento ambiental siga com tranquilidade nessa etapa.
Arqueologia também é educação e diálogo
Durante a pesquisa, realizamos ações de sensibilização com moradores e trabalhadores da região, promovendo o diálogo sobre a importância da arqueologia na preservação da história e da cultura brasileiras. Distribuímos materiais informativos e compartilhamos conteúdos nas redes sociais — apenas em maio, nossas publicações no Instagram (@totemarqueologia) alcançaram mais de 27,1 mil pessoas.
Essa troca de experiências valoriza não apenas o trabalho técnico, mas também fortalece a relação entre a comunidade e o patrimônio cultural, porque "Patrimônio cultural é o que nos une."